Lana Del Rey e a síndrome da nova musa da música

Bastou um clipe no YouTube e Lana Del Rey estourou com o single “Video Games”, rapidamente arrumou uma gravadora e promete seu primeiro disco, chamado Born to Die, para o final deste mês.

Tudo muito bom, tudo muito legal... Mas assim como subiu rapidamente, Lana del Rey terá que mostrar muito serviço para seguir no topo por muito tempo ou será mais um mico da indústria musical para achar mais uma musa.

Vejam Adele, por exemplo, tem uma voz incrível e estourou em 2011, mas quem garante que ela vai se manter no topo por muito mais tempo? Ainda mais que ela não deve gravar nada novo por enquanto e não tem como seguir em alta a vida inteira com “Rolling In The Deep”.

Começando com Amy Winehouse e passando por Duffy, Joss Stone, Regina Spektor e Kate Nash (falando apenas das cantoras mais recentes), todas elas foram colocadas em um patamar acima da média – umas mais, outras menos -, foram comparadas com cantoras que fizeram muito sucesso, mas acabaram se afastando das paradas – seja pela mudança de sonoridade, seja por um disco ruim ou por envolvimento com drogas, o fato é que elas não estouraram nos últimos tempos.

E, reparem, se uma musa cai, quase sempre há outra para substituí-la no mesmo instante e, às vezes, aparece mais de uma no mesmo período. Então vêm as comparações, o confete, shows lotados, mas basta um deslize para que ela suma.

Há quase um ano, fui ao show da Kate Nash e foi incrível. A banda de apoio é muito boa e ela é uma cantora de mão cheia. Apesar disso, o HSBC Hall não estava lotado e suponho que uma das explicações seja que My Best Friend Is You, álbum mais recente e melhor que o anterior, não fez lá muito sucesso e não tinha um hit grudento como foi "Foundations”, que está no álbum Made Of Bricks, a estreia da cantora.

Espero estar errado sobre o destino musical de Lana Del Rey, mas se ela não mostrar força e muito talento, será apenas mais um sonho de verão que durou apenas um disco (ou ainda pior, apenas um single).


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